Saiba quais fatores são imprescindíveis na hora de vacinar seu pet.
O relacionamento entre tutores e pets está se transformando com o passar dos anos. Atualmente, muitas pessoas consideram seus animais de estimação verdadeiros membros da família. Entretanto, junto com a decisão de ter um pet, vem também a responsabilidade de cuidar de sua saúde, tendo a consciência de que esses cuidados deverão ser tomados ao longo da vida. Um deles cuidados é o ato de vacinar seu pet de forma responsável, sempre buscando o serviço de um médico-veterinário, pois este profissional tem conhecimento técnico para realizar o procedimento da forma correta e de acordo com as necessidades de cada pet.
Cuidados na hora de vacinar
É muito importante lembrar que nem todo animal vacinado está, de fato, imunizado contra as principais doenças que acometem cães e gatos. Isso porque, de acordo com as novas diretrizes de vacinação mundial, os protocolos vacinais devem ser cada vez mais personalizados, de forma a aumentar as chances do animal produzir uma resposta imunológica adequada para as doenças às quais as vacinas se propõem a prevenir. Isso significa que, se a vacinação não for feita de forma adequada, esse animal pode não estar de fato imunizado, correndo risco de adoecer mesmo com a carteirinha de vacinação em dia.
Sendo assim, devemos enfatizar mais uma vez a importância desse procedimento ser realizado apenas por profissionais qualificados. Por trás de um ato que parece relativamente simples, existe uma complexidade de fatores que podem impedir sua eficácia, e que somente o médico-veterinário será capaz de identificar.
Dentre os fatores que podem comprometer a resposta imunológica de um animal, podemos citar: a presença de parasitoses, a densidade populacional à qual este animal está exposto, seu estado de saúde no dia da vacinação e até mesmo o estilo de vida do pet. No último quesito, podemos citar como exemplo: frequência de passeios, ida ao banho e tosa, local onde vive (algumas regiões têm mais casos de certas doenças que outras), acesso à rua, se realiza viagens internacionais com seu tutor, entre outros fatores.
Atenção para a vacina contra raiva!
Vale ressaltar que, apesar do médico-veterinário ser a melhor pessoa para orientar sobre o protocolo vacinal adequado a cada animal, a vacinação contra raiva é de extrema importância no Brasil, visto que a doença não está erradicada e se trata de uma zoonose (doença que pode ser transmitida ao homem) de alta letalidade. Exatamente por isso, a legislação nacional torna obrigatória a vacinação anual contra esta grave doença. A vacina, inclusive, é oferecida não apenas nos consultórios e clínicas veterinárias, mas também por programas anuais de vacinação instituídos pelas diferentes prefeituras das cidades brasileiras.
Vacinas essenciais e opcionais
São muitas as opções de vacinas disponíveis no mercado, sendo algumas delas consideradas essenciais de acordo com os principais guias de vacinação de cães e gatos. A exemplo, podemos citar a vacina para cães que confere proteção contra cinomose, doença viral altamente contagiosa que pode evoluir para graves sintomas neurológicos. Não há tratamento específico para a cinomose, ressaltando assim a importância da prevenção pela imunização. Outras vacinas também são consideradas essenciais para cães, como é o caso das que conferem proteção para parvovirose e adenovirose. No caso dos felinos, temos como essenciais as vacinas que protegem contra parvovírus felino, calicivirus felino e herpesvírus felino.
Existem ainda vacinas consideradas não essenciais, ou seja, opcionais, como é caso das vacinas contra parainfluenza, leishmaniose e leptospirose para cães e clamídia e leucemia felina para gatos. Fatores como estilo de vida e localização geográfica influenciam na hora de decidir sobre utilizar ou não essas vacinas. Existem também vacinas que já são consideradas não recomendadas, nos fazendo refletir sobre sua eficácia e a real necessidade de utilizá-las em nossos pets.
Conclui-se, portanto, que a vacinação de cães e gatos é a principal forma de prevenção contra muitas doenças que podem acometer esses animais. Ao vaciná-los, podemos também evitar a transmissão de doenças aos seres humanos, pois muitas delas tem caráter zoonótico.
Ressalta-se também a importância das consultas regulares com o médico-veterinário, pois este profissional é capacitado para oferecer a cada animal o melhor protocolo vacinal a se seguir, garantindo assim a saúde dos pets.