O controle de estoque é fundamental para uma boa gestão dos estabelecimentos pet. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre a aplicação do FIFO.

Antes mesmo de falarmos sobre uma das metodologias para gestão de estoque, devemos ressaltar a importância do estoque em si para qualquer negócio, incluindo até, no caso deste conteúdo, para lojas do segmento pet.

O estoque normalmente é onde se encontra a maior proporção dos ativos de um negócio do segmento pet, onde está uma parte importante dos nossos investimentos. E é desta forma que devemos olhar para o estoque: como um investimento. E, como em todo investimento, se não tivermos o nosso capital bem alocado e com uma boa gestão, corremos o risco de perder dinheiro. No caso do estoque, a perda de dinheiro pode vir através de fatores como produtos desperdiçados e gastos desnecessários, com mal direcionamento de capital. Portanto, é nítida a necessidade de olhar para o nosso estoque, controlá-lo com muita atenção e seguir critérios e procedimentos.

Uma das medidas para gestão de estoque é a metodologia FIFO, uma abreviação para o termo em inglês “First in, First out”, que podemos traduzir como “Primeiro que entra, primeiro que sai”. O termo por si só já é autoexplicativo, trata-se de colocar para giro no ponto de venda as mercadorias com as primeiras datas de recebimento, fazendo com que os produtos mais ‘antigos’ no estoque saiam sempre antes dos ‘novos’. Dessa forma, evitamos o armazenamento de mercadoria com data de validade mais curta.

Olhando para o mercado pet como um todo, essa metodologia se faz fundamental, pois trata-se de uma área extremamente dinâmica, com alta frequência de vendas e recebimentos de mercadorias, além de uma variedade grande de produtos disponíveis nos pontos de vendas. Quando olhamos com atenção para o setor de petfood, onde os produtos têm datas de validade exatas e o consumidor não costuma adquirir produtos com prazo de validade próximo, é fundamental que os produtos expostos estejam com prazos bons para consumo, sendo um critério importante para a decisão de compra. Se não for realizado um fluxo constante de abastecimento, corre-se o risco de, em algum momento, expormos algum produto que já era para ter sido comercializado há meses e, dependendo da data de validade, esse produto ficará parado na prateleira, devido ao seu prazo de validade curto.

O método FIFO é simples de ser aplicado, não necessitando de complexos sistemas, mas sim sendo mais dependente do engajamento da equipe e de procedimentos claros e estabelecidos a todos. Toda a equipe da loja deve estar alinhada e ciente dos processos para recebimento de mercadorias e o correto posicionamento no estoque, ajustando posições entre produtos novos e produtos que já estavam em estoque para manter um fluxo constante. Neste caso, a clara identificação de lotes recebidos também é fundamental. Além disso, toda equipe deve estar ciente do fluxo de reposição do ponto de venda, ou seja, de qual lote retirar os produtos do estoque para o abastecimento de gôndolas e expositores.

Nestes exemplos, citamos medidas que podem ser aplicadas a qualquer negócio, mesmo aqueles sem grandes estruturas ou tecnologias, até os que possuem sistemas integrados que utilizam leitores de código de barras, facilitando o manejo e comunicação entre sistema de vendas e controle de estoque.

Como vimos, o sistema FIFO de controle de estoque é simples, aplicável e traz benefícios à gestão dos estabelecimentos, além de ter o poder de otimizar processos, melhorar o fluxo de caixa e aumentar capital de giro, visto que, como falamos no início, o estoque é um investimento para as lojas, e se mal dimensionado ou gerido, pode trazer prejuízos. É fundamental ter ciência da importância que o estoque tem ao negócio e, principalmente, entender métodos e procedimentos que se encaixem a cada realidade.